Política Nacional de Saúde do Homem vai exigir mudanças estruturais


Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil




 
 


Brasília - O ministro da Saúde, José Gomes Temporão dá  entrevista sobre o lançamento da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem com ações para ampliar o acesso da população masculina aos serviços de saúde

Brasília - O ministro da Saúde, José Gomes Temporão dá entrevista sobre o lançamento da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem com ações para ampliar o acesso da população masculina aos serviços de saúde

Brasília - Ao participar do lançamento da Política Nacional de Saúde do Homem, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, afirmou hoje (27) que a ausência de ações na área “incomodava há muito tempo”, além de ter sido “negligenciada”.

“Temos política de saúde para qualquer coisa que se possa imaginar, mas não para os homens, que vivem uma situação bastante delicada do ponto de vista da mortalidade”, disse. Dados do Ministério da Saúde indicam que, a cada três adultos que morrem no país, dois são homens. “Decidi enfrentar esse desafio bastante complexo”, afirmou o ministro.

Para Temporão, os homens têm medo de descobrir que estão doentes. “Eles acreditam que nunca vão adoecer e não se cuidam”, avaliou. O ministro reconheceu que o lançamento de um pacote de ações específico para os brasileiros representa um “desafio” para o sistema de saúde pública, porque vai exigir mudanças estruturais.

"É preciso que o sistema esteja mais sensível. É um desafio também para os gestores estaduais e municipais, para pensarem em estratégias. É preciso que enfermeiras e médicos estejam mais atentos e tenham um olhar diferenciado.”

O secretário de Atenção à Saúde do ministério, Alberto Beltrame, acredita que o plano faz uma espécie de “resgate do compromisso” de destacar a atenção à saúde masculina. Ele lembrou que o homem apresenta “peculiaridades” que o colocam em uma posição “vulnerável”.

"Os homens têm mais doenças cardíacas, acidentes vasculares cerebrais, cânceres, colesterol elevado, diabetes, hipertensão. O quadro de morbidades é maior do que o das mulheres e eles são mais resistentes a procurar ajuda. Têm medo de descobrir a doença em função de serem provedores do lar”, destacou o ministro.

O representante da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) no Brasil, Diego Victoria, disse que reconhece no Sistema Único de Saúde (SUS) “uma série de fatores que outros sistemas de saúde têm que aprender”.

“Esse lançamento é o maior compromisso que poderíamos ter. A regulamentação de políticas integrais e substantivas para o homem é um marco. Há uma completa harmonia de prioridades, dando o exemplo de políticas que garantem na prática a universalização do acesso à saúde.”

Grupo de Estudos e Pesquisas em Cultura, Gênero e Saúde - Departamento de Ciências Sociais - UFSM

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